REVIEW: BenJah – The BreakUp

A princípio eu faria uma review faixa-a-faixa de The BreakUp novo álbum do BenJah, confesso que tentei mas é quase impossível pois sua musicalidade é fantástica, então depois de ouvi-lo inúmeras vezes resolvi fazer uma análise corrida do disco.

Logo na Intro BenJah quebra tudo, um minuto e meio de uma levada incrível. Os leves efeitos de auto-tune e sintetizadores com o vocal ‘arrastado’ a deixam com uma ótima melodia, geralmente a intro ou faixa 1 mostra o que ouviremos pela frente. Não seria absurdo nenhum dizer que essa intro já valeria o disco todo, pois realmente ela é fenomenal, mas seria um crime deixar as outras 12 obras de arte esquecidas.

A diversidade musical do álbum aparece em cada música, desde um reggae roots na faixa “Orphan” até um dancehall em “3rd World Fam” ft. St. Matthew e Dillavou. Benjah passou por quase todos os gêneros musicais considerados urbanos, sempre misturando muito reggae com pop-rock e rap como no single “Walkin’ Out”. Destaque para as belas performances de Rachael Lampa na faixa 3 “Not Alone” e do trio Group 1 Crew na faixa “My Angel” também tenho que citar a nervosa “C.N.L.Y.G.” ela é tão envolvente que podemos até chama-la de um ‘Pop-Eletro-Roots’ e claro, não posso esquecer da swingada “Jezebel”.

O grande destaque do álbum é a faixa 10 “Read Me” ft. Andy Mineo e Ron Kenoly Jr, ela começa tranquila com BenJah cantando acapella sob uma bonita linha de piano, em seguida entra uma batida com uma pegada bem underground e os vocais adicionais de Ron deixando a música com uma levada gostosa de ouvir. A combinação perfeita do piano, bateria e um beat under junto com o refrão interpretado por Ron Kenoly Jr e as suaves rimas de Andy Mineo fazem o som soar como um lindo R&B.

The BreakUp está muito bom, bem produzido, com excelentes arranjos, sincronia perfeita entre bateria e guitarra que por muitas vezes aparecem com uma linda linha de piano, e os vocais adicionais são muito bem usados tanto nos refrãos como nos versos. Usando e abusando dos efeitos de percussão e sintetizadores e até mesmo de leves efeitos de auto-tune, não é enjoativo e cada uma das 13 faixas é um mistério sonoro a se descobrir.

Bom, agora chega de review.. ouça o disco e tire suas próprias conclusões!

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